A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse na noite desta segunda-feira (19), durante seminário do PSB, em Brasília, que “jamais esperou” que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, recorresse a acusações de ligações entre o PT e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O tema foi levantado pelo vice de Serra, Indio da Costa (DEM), e teve o apoio do tucano.
“Eu jamais esperei que diante da adversidade meu adversário recorresse a esse tipo de acusação. Eu quero dizer a vocês que eu acho impensável que a eleição em 2010 no Brasil desça a esse nível. E quero adiantar que da minha parte eu não descerei a esse nível. Não há quem me faça descer a esse nível”, afirmou Dilma.
Durante a tarde, em evento em Belo Horizonte, Serra saiu em defesa de Indio da Costa. Em Brasília, a direção nacional do PT afirmou ter ingressado com três representações contra as declarações feitas por Indio: uma criminal, uma eleitoral e outra civil.
"A ligação do PT é com as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas. Isso todo mundo sabe, tem muitas reportagens, tem muita coisa. Apenas isso. Agora, a Farc [sic] é uma força ligada ao narcotráfico. Isso não significa que o PT faça o narcotráfico", disse Serra durante a tarde.
Dilma discursou durante 40 minutos no evento do PSB. O plano de governo foi entregue a Dilma pelo presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. Uma das principais propostas do partido foi pedir o fortalecimento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
“Tenho certeza que a senhora não vai criminalizar os movimentos sociais. A democracia brasileira não aceita retrocesso. Temos confiança que o seu compromisso é de fazer um governo que dialogue”, disse Campos.