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Nelsinho Trad tem mais de R$ 16 milhões bloqueados

Mais um candidato de Mato Grosso do Sul ao Senado enfrenta problemas judiciais

Nelsinho Trad nega as irregularidades, mas não cita recurso em nota - Divulgação/PTB
Nelsinho Trad nega as irregularidades, mas não cita recurso em nota - Divulgação/PTB

Mais um candidato de Mato Grosso do Sul ao Senado enfrenta problemas judiciais. Nelsinho Trad (PTB) teve R$ 16 milhões bloqueados por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para garantir o ressarcimento dos cofres públicos em decorrência de  fraudes que teriam sido cometidas em um convênio entre a Prefeitura de Campo Grande e a Omep, quando o político era prefeito. Na semana passada, Trad tornou-se réu por improbidade administrativa na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

A Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) foi contratada para fornecimento de mão de obra à prefeitura, durante a segunda gestão de Trad, de 2009 a 2012.

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, afirmou que há fortes indícios de improbidade por parte do ex-prefeito. E de acordo com o Ministério Público Estadual, houve pagamento de salários para funcionários fantasmas, contratação de servidores sem concurso para atividade fim sem concurso público e pagamento em duplicidade.

A ação foi protocolada em dezembro do ano passado. O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, decretou a indisponibilidade dos bens de Nelsinho e dos ex-prefeitos Alcides Bernal (PP) e Gilmar Olarte, que mantiveram o convênio. 

Em 2007, por meio de convênios com a Omep e Seleta – organização social para fornecimento de mão de obra – que, a prefeitura mantinha 537 contratados. Em 2016, o número chegou a 4,3 mil. Deste total, somente 267 foram convocados, ou seja, apenas 6% do total.

Em nota, Nelsinho Trad afirma que “os referidos convênios na minha gestão passaram por um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o próprio MPMS [Ministério Público de Mato Grosso do Sul]. TAC esse desprezado pela gestão dos ex-prefeitos Bernal e Olarte”. A reportagem não localizou os ex-prefeitos.

O outro candidato ao Senado que teve problemas com a Justiça é José Orciro dos Santos, o Zeca do PT, condenado em segunda instância à perda de direitos políticos por oito anos por suposto envolvimento em um esquema de desvios, no governo, conhecido como “farra da publicidade”. Zeca nega a acusação e disse que pretende recorrer da condenação. (Lucas Mamédio. Colaborou Valdecir Cremon)