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No rádio, Serra e Dilma apostam na comparação de governos

Para a petista, o governo atual é resultado de um modelo de governar que coloca as pessoas no centro de tudo

 
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 No rádio, Serra e Dilma apostam na comparação de governos
O verbo comparar foi a palavra chave do horário eleitoral gratuito veiculado no rádio na manhã desta quinta-feira (14). Tanto o programa de Dilma Rousseff (PT) quanto o de José Serra (PSDB) apostaram na comparação das ações promovidas pelos candidatos enquanto ocuparam cargos políticos.

A propaganda petista trouxe diversas manchetes de jornais do tempo em que Serra era ministro no governo Fernando Henrique e de seu cargo mais recente como governador de São Paulo. "Vamos começar aqui com a Folha de S. Paulo de 24 de novembro de 1998. FHC admite aumentar impostos e ir ao FMI. Já em 26 de dezembro de 99: Desemprego mais que dobra no País (…) 7 de outubro de 2001: Brasil é mais desigual sob FHC, diz pesquisa", entre outras.

"É muito importante comparar governos e nós vamos comparar sim. Número por número, casa por casa, obra por obra. Comparar sem fazer ataques ou ofensas pessoais. Comparar para que a gente veja com clareza o Brasil que ficou pra trás e o Brasil que está nascendo", afirmou Dilma que prometeu levar o projeto de Lula "adiante", com um governo de continuidade e de inovação.

Para a petista, o governo atual é resultado de um modelo de governar que coloca as pessoas no centro de tudo. "À medida que esse segundo turno avança creio que fica cada vez mais evidente a diferença entre o nosso jeito de governar e o jeito de governar da turma do contra. Contra o ProUni, contra o PAC, contra o Minha Casa, Minha Vida, contra o Bolsa Família", afirmou a petista.

Já o programa de José Serra procurou falar com quem "leva o Brasil pra frente". "O Serra fez sua história com muita luta. Sempre teve um lado só, nunca precisou de padrinho, muito menos de indicação. (…) E sempre teve uma coisa em mente: melhorar a vida do brasileiro que mais precisa", disse um dos locutores. Independente, corajoso e trabalhador foram alguns dos adjetivos remetidos ao tucano.

Na linha da comparação, Serra confrontou o aumento do salário mínimo em São Paulo com o do governo federal nos últimos anos. Sob o jingle, "Compara, compara. Quem compara não erra", dois locutores apresentaram os números aos eleitores. "Em 2008, a Dilma e o governo atual tinham o mínimo de R$ 415, já o do Serra chegava a R$ 505. Em 2009, eles continuaram para trás e o mínimo da Dilma era de R$ 465 e o do Serra de R$ 545. Hoje o mínimo do governo Dilma é de R$ 510. O do Serra já está em R$ 580", disse a personagem serrista lembrando que o tucano propõe reajuste para R$ 600 caso seja eleito.

Os ataques à candidata petista não foram poupados. "Diz que fez um montão de coisas, mas quando vai mostrar, é tudo do Lula. Parece que foi tudo ela que fez sozinha. Mas, na verdade, ninguém sabe o que ela mesma fez. (…) Será que ela vai dar conta? É muita areia para o caminhãozinho dela", criticaram os locutores.