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No Senado, Delcídio dirá que foi vítima de uma armadilha

Senador foi solto na última sexta-feira após ter ficado preso por 87 dias

Delcídio do Amaral volta ao Senador na terça-feira  - Arquivo/divulgação
Delcídio do Amaral volta ao Senador na terça-feira - Arquivo/divulgação

Após ter permanecido por 87 dias preso, acusado de obstruir o trabalho da Polícia Federal na Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral do PT, solto na última sexta-feira, deve voltar nesta terça-feira, no Senado Federal, quando poderá fazer um discurso emotivo, alegando ser inocente e dizendo-se vítima de uma armadilha.

Pelo menos, é o que entendem advogados e interlocutores, segundo publicado pelo Jornal Folha de São Paulo, na edição deste domingo. Ainda de acordo com o jornal , ao deixar o Presídio de Trânsito da Polícia Militar do Distrito Federal, na última sexta-feira, o parlamentar sul-mato-grossense, teria dito “preciso de paz para elaborar meu discurso”.

Segundo a Folha de São Paulo, o senador está na casa de amigos da família, em Brasília, acompanhado da mulher, da mãe e das filhas. O parlamentar deve elaborar e acertar detalhes do discurso que será apresentado na terça-feira. Delcídio ainda não falou com a imprensa desde que deixou a prisão.

Pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavaschi, o senador tem que cumprir prisão domiciliar, está proibido de deixar o País e de se comunicar com outros investigados da Operação Lava Jato. Os advogados do petista alegam que não teria mais motivos para o senador continuar na prisão.

No começo deste mês, a defesa do senador entrou com pedido no STF solicitando a anulação do vídeo em que ele supostamente tentava impedir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, bem como por ter oferecido ajuda de fuga para deixar o País. O vídeo foi gravado pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, e utilizada pelo Ministério Público Federal para embasar o pedido de prisão de Delcídio. A defesa do parlamentar argumenta que tudo seria armação do filho de Cerveró, já que não havia ordem judicial para a gravação.