Foi publicada nesta sexta-feira (2), no "Diário Oficial da União", a nomeação de José Carlos Vaz como novo secretário-excutivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Vaz ocupava o cargo de secretário de Política Agrícola no Ministério, do qual foi exonerado para ocupar a nova função.
O antecessor, Milton Ortolan, pediu demissão após reportagem publicada pela revista "Veja" em 6 de agosto. Segundo a revista, o secretário, auxiliar direto do ministro Wagner Rossi, tinha relações com um lobista que, de acordo com a publicação, atua dentro do ministério, defendendo interesses de empresas.
Em nota divulgada è época pela assessoria do ministério e na qual informou sobre o peddio de demissão, Ortolan nega ter cometido irregularidades e pede que sejam feitas investigações "em todos os níveis considerados necessários".
Júlio Fróes, o suposto lobista, teria, segundo a revista "Veja", um "escritório clandestino" dentro do ministério no qual prepararia editais, analisaria processos de licitação e defenderia os interesses de empresas nesses processos. Segundo a publicação, Fróes se apresentava como representante do ministério e, em entrevista, afirmou conhecer o ministro Wagner Rossi e o secretário-executivo Milton Ortolan.
Antes de informar sobre o pedido de demissão de Ortolan, a assessoria do Ministério da Agricultura havia divulgado nota do ministro Wagner Rossi, na qual ele negava ser amigo ou ter participado de reuniões com Fróes.
"Repudio as informações constantes da reportagem que tratam de Júlio Fróes, apresentado pela revista como meu amigo, segundo palavras atribuídas a ele. Nunca participei de reunião com este senhor. Não desfruta de minha amizade e nem de minha confiança. Reafirmo: não é meu amigo", disse Rossi.