As eleições já terminaram, mas as especulações não param, principalmente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A visita institucional que o governador eleito, Eduardo Riedel (PSDB), fez ao parlamento estadual já gerou um burburinho sobre o nome do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa (PSDB), na qual seria cotado para ser o novo secretário chefe da Casa Civil.
Pelo menos nos bastidores do receptivo do governo- local destinado ao governador eleito se reunir com equipe de transição e tomar decisões sobre o estado antes de assumir em 1° de janeiro – que Corrêa, que não pode ser mais presidente da Casa de Leis, seria chamado para ser o secretário chefe da Casa Civil, e com isso ajudaria a destravar uma possível crise que aconteceria na eleição da Mesa Diretora da Casa de Leis, dentro do ninho tucano.
Mesmo Eduardo Riedel falar em alto e bom tão que secretariado e informações sobre equipe de transição só aconteceria depois do dia 16, as especulações estão tomando cada vez mais força no Parque dos Poderes.
” Qualquer anúncio sobre quem vai compor o secretariado ocorrerá após o dia 16 e antes do Natal.”, disse o governador eleito.
Paulo Corrêa, teoricamente, não poderia assumir novamente a presidência da Assembleia. O nome dele foi ventilado para ser o primeiro secretário da Casa, segundo cargo mais importante do parlamento, mas esse cargo inviabilizaria o sonho da deputada Mara Caseiro (PSDB), de ser a primeira mulher presidente da Assembleia, e também estragaria o desejo do deputado Zé Teixeira (PSDB) em ser presidente. Isso porque um partido político mesmo com a maior bancada não pode assumir os dois principais cargos da Alems. Isso seria vantagem para o deputado Gerson Claro (PL) e Lídio Lopes (Patriota) que almejam o cargo máximo do Legislativo estadual.
Nessa configuração onde Paulo Corrêa seja secretário chefe da Casa Civil quem sairia ganhando é o vereador João César Mato Grosso (PSDB) que é o primeiro suplente do partido e ocuparia a vaga de Corrêa no parlamento.