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Novo gabinete britânico corta o próprio salário em 5%

O governo já anunciou que precisa cortar 6 bilhões de libras esterlinas

Em sua primeira reunião desde que foi instalado, o governo britânico de coalizão decidiu cortar em 5% o salário de todos os ministros, em uma tentativa de dar o exemplo na tarefa de cortar o gasto público.

O déficit público da Grã-Bretanha, que hoje supera 11% do Produto Interno Bruto (PIB), foi o principal assunto das discussões, nesta quinta-feira em Londres.

O governo já anunciou que precisa cortar 6 bilhões de libras esterlinas (quase R$ 16 bilhões) só neste ano fiscal, que vai até abril de 2011.

O novo premiê britânico, David Cameron, ressaltou que nenhuma área está livre dos cortes – nem sequer o orçamento dos Jogos Olímpicos de 2012, que serão realizados em Londres.

Na área de política externa, Cameron disse que a guerra no Afeganistão será a prioridade do governo.

O gabinete de coalizão, anunciado na quarta-feira, é formado por 18 membros do Partido Conservador e cinco do Partido Liberal Democrata.

A aliança foi selada entre Cameron e seu vice-premiê, o liberal democrata Nick Clegg. Os partidos ficaram em primeiro e terceiro lugar, respectivamente, nas eleições de 6 de maio, e se uniram para alcançar a maioria requerida no Parlamento.

É o primeiro governo de coalizão no país em 65 anos e a primeira vez na história em que conservadores e liberais-democratas se unem.

O Partido Conservador elegeu o maior número de deputados – 306 -, mas ainda aquém dos 326 necessários para obter a maioria absoluta.

O Partido Trabalhista, o maior derrotado no pleito, elegeu 258 deputados, enquanto o Partido Liberal Democrata ficou com 57, tornando-se assim decisivo na formação do novo governo.