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Novo governo do Reino Unido quer Brasil como membro fixo do Conselho de Segurança

Coalizão entre conservadores e liberal-democratas detalhou plano nesta quinta-feira

O novo primeiro-ministro britânico, o conservador David Cameron, e seu vice, o liberal-democrata Nick Clegg, revelaram nesta quinta-feira (20) os detalhes de seu acordo para governar em coalizão, em um documento que ambos classificaram de histórico.

Em política externa, um dos pontos que eles claramente defendem é a reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Tal mudança incluiria o Brasil como membro fixo.

“Nós apoiamos a reforma do Conselho de Segurança da ONU, incluindo assentos permanentes para Japão, Índia, Alemanha, Brasil e uma representação africana”, informa o documento.

Outros tópicos da política externa incluem aproximação com China e Índia e o compromisso de evitar que o Irã desenvolva armas nucleares.

Clegg e Cameron admitiram que seus partidos tiveram que sacrificar algumas políticas previstas em seus programas, mas se mostraram convencidos do potencial desse casamento de conveniência depois da eleição em 6 de maio de um Parlamento dominado pelos conservadores, mas sem maioria absoluta.


"Quanto mais falamos, quanto mais ouvimos, mais nos damos conta de que nossas visões para o futuro e os valores que as inspiraram estão fortalecidas e aumentadas pela união dos dois partidos", declarou Cameron.

"Os compromissos fortaleceram, não enfraqueceram o resultado final", acrescentou Clegg.

O acordo de 34 páginas estabelece as políticas que serão realizadas em 31 áreas que vão da economia até a educação, passando pela saúde, liberdades civis e, inclusive, a transparência de governo.

A prioridade mais urgente será a economia e, em particular, a redução do déficit.

No âmbito da Europa, tema de profunda divisão entre os eurocéticos conservadores e os europeístas liberal-democratas, o governo se compromete em desempenhar um papel de liderança e se declara partidário de novos ampliações, mas, ao mesmo tempo, anuncia que não transferirá mais poderes a Bruxelas sem um referendo, e reafirma que não adotará o euro.