O governo mostrou ontem que tem total controle da CPI da Petrobrás e tentará barrar qualquer punição ao aliado e presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acuado por uma série de denúncias. Em manobras bem-sucedidas, governistas elegeram o senador petista João Pedro para a presidência da CPI, instalada ontem, e ainda adiou a escolha do presidente do Conselho de Ética do Senado, que será responsável por analisar as representações por quebra de decoro parlamentar contra Sarney. Embora tenha o apoio do governo, o presidente do Senado continua sob intensa pressão. Um grupo de parlamentares de PSDB, DEM, PSOL e PDT pediu, no plenário, a renúncia de Sarney do comando da Casa. "A licença já não basta", disse o senador Pedro Simon. "Se demorar mais, pode ser a cassação de mandato", acrescentou Cristovam Buarque. O senador tucano Arthur Virgílio foi enfático, ao apresentar nova representação contra o presidente do Senado no Conselho de Ética: "Sarney mentiu".
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Oposição acua Sarney e governo blinda investigação
Manobras garantem controle da CPI da Petrobrás e do Conselho de Ética
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