Sem previsão de reajuste para os benefícios do Bolsa Família, o Orçamento Geral da União para 2011 projeta crescimento de 2,1% nas despesas globais do programa. Esse é o menor aumento desde de a sua criação, em 2003.
De acordo com a proposta enviada nesta terça-feira (31) ao Congresso Nacional, os gastos com o Bolsa Família passarão de R$ 13,119 bilhões para R$ 13,4 bilhões. O total de famílias atendidas continuará em 12,7 mil.
Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a estimativa de aumento das despesas, mesmo sem alteração nos benefícios e no número de pessoas atendidas ocorre por causa da mudança de perfil de algumas famílias. “Em alguns casos, as famílias passam a ser enquadradas em novo perfil e recebem mais. Esse é o único aumento que o orçamento contempla”.
O ministro, no entanto, ressaltou que o sucessor de Luiz Inácio Lula da Silva poderá alterar a previsão de gastos com o Bolsa Família. Segundo ele, ficará a critério do próximo presidente da República aumentar o número de famílias atendidas ou reajustar o valor do benefício.