Promessa de campanha e compromisso assumido na posse, acabar com a pobreza extrema no Brasil surge como o principal desafio de Dilma Rousseff como presidente. Mas o que ela precisa fazer para cumprir sua palavra e dar melhor condição de vida para milhões de brasileiros que ainda estão abaixo da linha da miséria? O que o “PAC da pobreza” anunciado pelo governo precisa ter para não se tornar apenas uma ação de marketing?
Para tentar responder as estas questões, foram ouvidos especialistas, que traçaram itens essenciais na conquista desse “novo Brasil”. É consenso que será necessário muito trabalho conjunto e coordenado entre os ministérios, colaboração de Estados e municípios, esforço de todos os setores da sociedade e criatividade para novas ações que consigam atingir as pessoas não beneficiadas por conquistas dos últimos anos.
Apesar de avanços recentes, o Brasil ainda tem entre 5 % e 7% de pessoas extremamente pobres. Isso significa dizer que um número entre 9 e 14 milhões de pessoas – dependendo da metodologia – encontram-se em situação de miséria ou indigência. Essas pessoas não necessariamente passam fome, mas não têm níveis de nutrição adequados.
Logo na primeira semana de governo, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que o governo federal prepara um novo programa, específico para essa população, com o objetivo de erradicar a miséria. Detalhes, metas e nome da nova iniciativa ainda não foram divulgados, mas a ministra já adiantou que o governo vai se concentrar em três frentes: a ampliação de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, o acesso de redes de serviços sociais e de infraestrutura, como saúde, educação, água, luz e saneamento básico, além da “inclusão produtiva” da população.