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Para Lula, ajuste fiscal de Dilma não irá comprometer as obras do PAC

A segunda fase do PAC (PAC 2) começou a ser discutida ainda em seu governo para que as verbas já constassem no Orçamento de 2011

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (7) “ter certeza” de que o corte de gastos públicos anunciado pela equipe da futura presidente Dilma Rousseff não afetará os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ontem (6), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou em entrevista que o ajuste fiscal poderia retardar algumas obras do PAC.

Lula disse que houve um mal-entendido na entrevista dada pelo ministro e que o corte de gastos deve afetar apenas as verbas de custeio, mas não os investimentos. “Eu sei do carinho que a Dilma tem pelo PAC. Eu não acredito que a gente tenha a necessidade de cortar um único centavo do PAC. O que temos que ter em conta é o seguinte: temos que manter a inflação controlada, que manter a estabilidade econômica e precisamos manter dinheiro para investimento. Isso significa que, se tiver que mexer em alguma coisa, vai se mexer em custeio e não em investimento. Eu não vou estar mais no governo, mas, pelo que conheço do Guido Mantega e da nova presidente do Brasil, tenho certeza que não será cortada obra do PAC”, afirmou Lula.

O presidente admitiu, porém, que, se uma obra ficar emperrada por muito tempo por causa de problemas com a Justiça ou com o Tribunal de Contas da União (TCU), os recursos devem ser remanejados para outros projetos.

“Como nós cansamos de fazer agora. Às vezes, uma obra aqui no estado do Rio de Janeiro vai demorar um pouco mais. Você passa dinheiro para uma que está mais regularizada e, assim, vai ganhando tempo. Mas, para nós, o PAC é como o oxigênio que a gente respira. Sabemos o quanto ele deu certo para o país e o quanto ele vai continuar dando. Graças ao PAC é que as obras não são paralisadas.”

De acordo com o presidente, a segunda fase do PAC (PAC 2) começou a ser discutida ainda em seu governo para que as verbas já constassem no Orçamento de 2011 e as obras não precisassem esperar até 2012.