Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira (6), a ex-candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, afirmou que o que está em discussão não é o "apoio" aos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mas sim a "posição" que será adotada pela senadora nos próximos dias. "Na verdade eu não estou colocando essa palavra – apoio ou não apoio – eu estou colocando posição", afirmou.
Marina afirmou que já está trabalhando para "chegar a essa posição da melhor forma possível", e que as questões prioritárias de sua plataforma política serão apresentadas aos concorrentes. "O pior caminho é aquele de querer discutir as coisas do ponto de vista da velha política, nós temos que ter uma discussão programática. Isso é o que interessa para o Brasil", disse. A senadora afirmou ainda que essa decisão será tomada em, no máximo, 15 dias.
Questionada se julgava sinceras as últimas declarações de Dilma e Serra relativas à religiosidade, Marina, mais uma vez, adotou a posição de não aceitar o embate. "Seria presunçoso de minha parte julgar. (…) Agora, o que eu posso falar é da forma como eu percebo esse processo", afirmou a senadora lembrando ser cristã e dizendo que nunca escondeu sua fé e até pagou um certo preço por isso. "Obviamente que os fiéis sabem o que é um discurso de convicção ou um discurso de conveniência, e vão fazendo o seu julgamento", limitou-se a dizer.
Para a verde, as pesquisas de intenção de voto realizadas durante a campanha podem ter atrapalhado sua candidatura, já que ela sempre aparecia na terceira posição. "E agora, se você vê a quantidade de e-mails que as pessoas estão mandando dizendo que elas se arrependeram por não terem votado (em mim), por terem acreditado nas pesquisas…", contou. Marina disse ainda acreditar que as urnas "teriam revelado muito mais se as pesquisas tivessem conseguido alcançar o que estava nas ruas".