O deputado estadual mais votado em 2018, com 78.390 votos, Renan Contar – popularmente chamado de Capitão Contar – anunciou sua chegada ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no dia 10 deste mês. Ele foi a Brasília (DF) assinar pessoalmente a ficha de filiação. Contudo, o namoro com o novo partido durou pouco tempo e ele fez uma troca inesperada.
Sem poder concretizar seu sonho de disputar o governo de Mato Grosso do Sul na nova sigla – que escolheu fazer parte da base de apoio ao pré-candidato tucano Eduardo Riedel -, Contar ficou exatos 22 dias sob o guarda-chuva do Partido Liberal.
Na noite de ontem (31) ele postou em sua rede social imagens do ato de filiação ao PRTB e explicou a mudança de sigla, que era comandada pelo paulista Levy Fidelix, que morreu e deixou a liderança para sua esposa, Aldinéa Fidelix. O vice-presidente, general Hamilton Mourão, era um dos filiados à sigla, que em Mato Grosso do Sul é chefiado por Beto Figueiró.
"Vamos ampliar e reforçar a base de apoio de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul. Vim para o PRTB pois aqui teremos a oportunidade de continuar a construção de um projeto livre das amarras políticas", frisa Contar em vídeo postado no Facebook.
Apesar de ter perdido o vice-presidente para o Republicanos, o PRTB segue na base bolsonarista, assim como Contar, que mesmo sem o aval do líder maior da corrente de direita para ser governador, segue o apoiando. O deputado aposta que os 6,11% de preferência dos eleitores que foram às urnas em 2018, sob a onda bolsonarista, deve se repetir neste ano.
Agora, o PRTB é o sexto partido a ter um pré-candidato lançado na disputa pela sucessão de Reinaldo Azambuja em outubro. O PSDB tem o governista Eduardo Riedel, que saiu da pasta de obras ontem para a corrida eleitoral. Já o PSD terá o prefeito campo-grandense Marquinhos Trad, que vai renunciar à cadeira do Executivo neste sábado (2).
Deputada federal, Rose Modesto se filiou recentemente ao União Brasil e também visa participar do pleito, assim como o ex-governador André Puccinelli (MDB). Já o PT consta na lista com o ex-governador Zeca – que está inelegível e precisa de liminar da Justiça para conseguir derrubar a limitação – e o professor douradense Thiago Botelho.