A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, possível candidata do PT à Presidência da República, recebeu hoje (28) apoio do PDT para a campanha de 2010.
Em um almoço em casa, Dilma recebeu o presidente licenciado do partido e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, além do senador Osmar Dias, que será candidato ao governo do Paraná, o presidente da legenda, deputado Vieira da Cunha (RS), e o líder da bancada na Câmara, Dagoberto Nogueira.
Dilma lembrou sua trajetória política como integrante do PDT e disse ser muito importante a conversa entre os dois partidos. “Para mim, essa conversa tem muito significado pela importância que o PDT teve na minha vida. Fez parte de minha trajetória política e eu fico sempre muito à vontade de estar aqui hoje nessa conversa entre o PDT e o PT”, disse a ministra.
Lupi ressaltou que a decisão de apoiar Dilma não tem relação com o fato de o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), ter desistido da corrida ao Planalto. De acordo com ele, essa decisão já está sendo conversada internamente há um ano.
“Há um ano, nós já tínhamos esse encaminhamento de apoiar a ministra Dilma, defendendo inclusive a candidatura única da base. Nós temos que saber quem é contra e quem é a favor da continuidade do governo Lula. Nós somos parte integrante desse governo”, disse Lupi.
A ideia de continuidade do governo Lula deverá dar o tom da campanha petista. “Continuidade, para nós, é avançar”, disse a ministra Dilma.
O apoio a um candidato para o Planalto ainda terá que receber o aval de todo partido. O tema terá que passar pela convenção da legenda. “A executiva do partido fez um indicativo e a convenção deve homologar a decisão ou não. Mas esse indicativo é quase uma formalização da nossa decisão”, disse Lupi.
Esse é o segundo encontro entre a cúpula do PDT e do PT e a ministra para tratar das eleições de 2010. Há um ano o PDT recebeu o convite da ministra para a aliança formal.
Com a formalização da aliança, o PDT terá de equacionar situações divergentes no Paraná, onde Osmar Dias pretende disputar o governo com apoio dos tucanos e, no Maranhão, onde o ex-governador Jackson Lago (PDT) deve concorrer com a atual governadora Roseana Sarney (PMDB), também aliada do governo.
"É claro que temos uma base de apoio muito grande e é claro que em alguns palanques não será única. Isso é natural, é legítimo, já aconteceu em outros anos”, minimizou Lupi.
No Maranhão, de acordo com a cúpula do PT, já há uma indicação de que a ministra Dilma estará nos dois palanques: de Roseana Sarney e de Jackson Lago. Na quinta-feira, o PDT se reunirá para detalhar os demais estados, inclusive o Paraná, onde Osmar Dias já garantiu a presença de Dilma em seu palanque.