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Pedrossian lamenta derrota e diz que faria um governo extraordinário

 Durante conversa descontraída com a imprensa, enquanto aguardava o deputado federal Edson Giroto (PMDB), para dizer que o apoiava para a Prefeitura de Campo Grande em outubro, o ex-governador Pedro Pedrossian, 83 anos, lembrou um pouco da sua longa carreira política.

As lembranças eram relacionadas à expectativa em torno do novo prefeito da Capital, mas fez aflorar os desejos do ex-governador, que se recordou da derrota nas eleições de 1998, quando perdeu para Zeca do PT. “Estava preparado para fazer um Governo Revolucionário”.

O ex-governador revelou que pretendia dar uma identidade ao Mato Grosso do Sul, entendendo que faltava ao Estado buscar o seu verdadeiro caminho. Sem pudores, ele atribuiu a derrota a desvios no Poder Legislativo e uso da máquina como campanha.

Ao conversar com Giroto para falar sobre os problemas da Capital, Pedrossian aconselhou a construção de um metrô de superfície, para transporte da grande população. Ele recordou que pensou em utilizar os trilhos da Noroeste para fazer a obra em Campo Grande e pediu autorização para o ex-presidente, Fernando Collor, mas a ideia acabou morrendo com a saída do ex-presidente.

Pedrossian também aconselhou Giroto a acabar com os problemas de enchente em Campo Grande, o que considerou um tumor. Para resolver este problema, o ex-governador sugeriu a ação em conjunto entre Governo e Prefeitura.

Pedro Pedrossian faz questão de dizer que nunca se preocupou em falar que é de esquerda ou de direita, orgulhando-se de lembrar que construiu três universidades, escolas e hospital. Com uma enorme lucidez, o ex-governador usa e abusa de brincadeiras para justificar as dores que o tempo acaba trazendo.

O fato de não poder ficar levantando, é justificado com a brincadeira de que jogou bola e acabou se machucando. A conversa séria é utilizada só para justificar o fato de não estar apertando as mãos das pessoas. O motivo: uma tendinite que tem lhe causado muitas dores.

Pedrossian também falou sobre a dificuldade para o surgimento de novas lideranças políticas, explicando que não há participação da sociedade e os novos políticos não surgem naturalmente. “Não há uma renovação”, resumiu.

Pedro Pedrossian garante que nunca quis levar a família para a política, garantindo que sua esposa nunca foi ao seu gabinete nos últimos cinco anos de seu governo. Quanto ao filho, Pedro Pedrossian Filho, o ex-governador diz que foi Chico Maia o responsável por lançá-lo.

O ex-governador continua abusando das gentilezas em meio a boas tiradas. Entre uma conversa séria e brincadeiras a parte, Pedrossian é capaz de dizer a Giroto lhe escolheu porque é o melhor para Campo Grande, mas fez questão de dizer que lhe dará conselhos somente se lhe enviar um vinho de 15 em 15 dias, com a lembrança de que é preciso sentar e tomar junto, para não fazer estoque.