A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje (22) que a Petrobras não é uma “caixa-preta”, referindo-se a denúncias de possíveis irregularidades contábeis na estatal, que motivaram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado.
A Petrobras segue leis rígidas de demonstrações contábeis, afirmou Dilma, que citou a lei Sarbanes-Oxley, criada em 2002 nos Estados Unidos para fraudes contábeis. “A empresa cumpre sistematicamente a Sarbanes-Oxley. Tem essa história de falar que a empresa é uma caixa-preta. A empresa pode ter sido uma caixa-preta em 1997, 1998, 1999, 2000, mas a Petrobras de hoje é uma empresa com nível de contabilidade dos mais apurados do mundo”, disse.
A ministra argumentou ainda que, se a empresa não fosse confiável, os investidores não a procurariam. “Caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa-preta deste tipo”, reforçou. Dilma afirmou que "é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras”.
No último dia 15, o requerimento para instalação da CPI da Petrobras foi lido no plenário do Senado. Na próxima semana, os senadores devem concluir a indicação de nomes para compor a comissão.