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Nota Zero

PF investiga fraude em licitações da Secretaria estadual de Educação

Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Secretaria e em uma empresa de construção

A Polícia Federal prendeu uma pessoa durante a Operação Nota Zero, , na quarta-feira (8), em Campo Grande, com o apoio da CGU (Controladoria Geral de União). A operação surgiu após denúncia de empresários, em 2016 e 2017, e investiga fraudes em licitações da Secretaria estadual de Educação). 

Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Secretaria e em uma empresa de construção. 
A PF não divulgou nomes de pessoas nem de empresas envolvidas. O homem foi preso por porte ilegal de arma. 

O esquema consistia em um rodízio de construtoras na disputa por obras em escolas estaduais de Campo Grande, Jardim e Maracajú.  Os contratos eram superfaturados para cobrir propina, segundo a Polícia Federal.

Em uma escola de Jardim, a troca de telhas foi contratada pela empresa que fez apenas a limpeza.
“Foi criado um ‘teatro criminoso’ para que fizessem uma fila entre os empresários para ganhar as licitações.

Eles ainda criavam empresas entre si e ganhavam as licitações”, disse o chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, Fabrício Martins Rocha. Foram sete licitações e oito obras, orçadas em R$ 9,6 milhões, os prejuízos aos cofres públicos não foram calculados.

Segundo a PF, os recursos eram do Ministério da Educação. 55 policiais participaram da operação, além de oito servidores da CGU.  Nota Zero é uma alusão à reprovação de esquema criminoso, supostamente com desvio de dinheiro do setor de educação.