Veículos de Comunicação

Dificuldade

Plano Diretor inviabiliza novos loteamentos em Três Lagoas

Expansão de Três Lagoas emperra em restrições previstas no Plano Diretor do município

Expansão de Três Lagoas emperra em restrições previstas no Plano Diretor do município - Arquivo/RCN67
Expansão de Três Lagoas emperra em restrições previstas no Plano Diretor do município - Arquivo/RCN67

A revisão do Plano Diretor de Três Lagoas foi um dos assuntos debatidos na sessão desta terça-feira (14) da Câmara Municipal. O assunto foi levantado pelo vereador Adriano Cesar Rodrigues, o sargento Rodrigues.

Segundo o parlamentar, pelo Plano Diretor atual, inviabiliza a abertura de loteamentos em algumas regiões da cidade. Por isso, é necessária a mudança da metragem do tamanho dos lotes em determinadas regiões para que os empreendedores possam investir em novos bairros. Além disso, conforme o vereador, possibilitará para a população conseguir ter acesso com mais facilidade a aquisição da casa própria.

Com mais de 30 anos no ramo imobiliário, tendo sido responsável pela abertura de mais de 40 loteamentos na cidade, o empresário Antônio de Souza, concorda que é preciso reduzir a metragem de alguns lotes. O empresário entende que a prefeitura precisa convidar as pessoas do ramo para discutir o assunto na revisão do Plano Diretor.

De acordo com o Plano Diretor, o lote para ser comercializado na maioria das regiões de Três Lagoas, tem que ter 360 metros quadrados, em alguns casos até, 520 metros quadros, o que para os investidores, inviabiliza a abertura de loteamentos e venda dos terrenos. 

Segundo o empresário Magid Thomé Filho, antes  da revisão do Plano Diretor, que ocorreu em 2010, o lote poderia ter 240 metros quadrados. “O lote menor facilita para a compra e venda”, comentou.

De acordo com Thomé,  o metro quadrado em Três Lagoas custa R$ 270, ou seja, um lote de 240 metros, parcelados, custará R$ 65 mil. Enquanto que, um lote de 360 metros quadrados, custará R$ 97 mil. 

Magid ressalta ainda que os novos loteamentos não requer investimentos do poder público, pois a infraestrutura, como água, energia elétrica, asfalto e drenagem, é de responsabilidade do investidor. “Para a prefeitura, cabe fazer o serviço da coleta de lixo”, destacou.

E empresários do ramo imobiliário afirmam que Três Lagoas não tem tantos prédios, justamente pela questão do recuo da área a ser construída. Por isso, entendem que é preciso alterar o Plano Diretor, que passa por revisão.

A administração municipal não quis se pronunciar sobre o assunto. O Plano Diretor de Três Lagoas, foi criado em 2006, na gestão da ex-prefeita Simone Tebet. Depois, passou por revisão na gestão da ex-prefeita Márcia Moura. Agora, na gestão de Ângelo Guerreiro, a prefeitura contratou uma empresa para fazer a revisão do Plano Diretor e do Uso de Ocupação do Solo.