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Cinquentenário

PMDB completa 50 anos e Simone Tebet diz que partido atual não a representa

Senadora diz que realidade da sigla não condiz com sua ideologia e história

Simone Tebet diz que PMDB atual não a representa  - Divulgação/Senado
Simone Tebet diz que PMDB atual não a representa - Divulgação/Senado

O PMDB completa nesta quinta-feira (24), 50 anos de existência. Em discurso no Senado, ontem, a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) falou sobre a trajetória do partido ao longo deste cinquentenário.

Simone, que sempre pertenceu à agremiação, lembrou que o MDB (siga original da legenda) foi fundamental em momentos importantes da história do País, especialmente na luta pelas liberdades públicas, pelo direito civil e pela democracia, destacando como exemplos de personalidades figuras como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Pedro Simon e Ramez Tebet.

No entanto, disse que o atual PMDB não a representa diante da postura de lideranças da sigla. E disparou: “Quando olho para o PMDB do presente, sinto, no fundo da minha alma, um lamento. Esse partido hoje, não mais me representa”, declarou.

A senadora criticou a postura atual do partido e lamentou a divisão interna. Disse que o PMDB também tem parcela de culpa na crise de credibilidade da classe política e das instituições. “Todos nós temos de assumir uma parcela de responsabilidade pelas reformas estruturantes que deixamos de fazer no Congresso. Leia-se reforma tributária e reforma política. A história irá nos cobrar porque atingimos a autoestima do povo brasileiro, um povo sempre gentil, hoje dividido”, comentou.

CARGOS

Simone Tebet, assim como o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) e do diretório estadual do PMDB do Mato Grosso do Sul defendem que o PMDB entregue os cargos no governo federal e não faça mais parte da base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff. No entanto, a Executiva Nacional do partido, ainda não se posicionou se continuará ou não fazendo parte do governo de Dilma.  “Até quando estaremos aqui nos omitindo? Não há mais calmaria, independentemente da decisão que o partido irá tomar de sair ou não da base do governo, o dano, infelizmente, já foi feito”, criticou Simone.