Depois de ser descartado pelo PSDB em aliança para a disputa das eleições deste ano, o PMDB de Três Lagoas se juntou a um bloco formado por PPS, PSB e PEN para enfrentar o pré-candidato a prefeito, o deputado estadual Ângelo Guerreiro. Em coletiva de imprensa na sexta-feira (8), o presidente do diretório municipal do PMDB, deputado estadual Eduardo Rocha, comunicou a decisão do partido em fazer parte do bloco de oposição ao tucano.
Eduardo disse que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) o procurou, em 2015, para avaliar poderia haver uma junção entre PSDB e PMDB em Três Lagoas. Rocha disse que, da parte dele, não haveria problemas. “Eu não procurei o PSDB. O governador que me procurou. Disse a ele que não tinha problema. Faço parte da base de sustentação ao governo. Sou líder de um bloco de dez deputados na Assembleia Legislativa e respeito muito o Reinaldo”, declarou.
Depois, Rocha disse que teve conversas com Guerreiro. Mas que, diante do anúncio dele, na semana passada, de que não aceitaria apoio de peemedebistas, o partido decidiu se somar às três siglas para apoiar um nome de consenso.
Nos próximos dias, o bloco de oposição poderá contar ainda com apoio do PDT e PROS. Eduardo Rocha disse que já existe também conversa com o DEM. “A partir de agora teremos reuniões semanais e procurar somar mais partidos, assim como fizemos em eleições passadas”, destacou.
PRÉ-CANDIDATOS
Ainda de acordo com o deputado, uma pesquisa será feita para decidir qual o melhor nome para disputar a prefeitura pelo bloco – nome que será conhecido até dia 30 deste mês deve ser definido quem será o pré-candidato. O PMDB decidiu que não indicará nomes.
O PPS indicou o empresário Atílio D’Agosto; o PPS tem dois nomes sendo avaliados, o do vereador Gilmar Garcia Tosta e do pecuarista e ex-presidente do Tribunal de Contas, Cícero de Souza. O PROS deve indicar o auditor fiscal Fabrício Venturoli, e o PDT, o empresário Rógerson Rímoli.
Segundo Eduardo Rocha, o PMDB apoiará o candidato que for escolhido pelo bloco. “Já conversei com as principais lideranças do partido, o ex-governador André Puccinelli, com o senador Waldemir Moka e com o presidente estadual do PMDB, o deputado Junior Mochi, e todos vão apoiar”, adiantou.
Durante a coletiva foi destacado que o bloco começa forte, com sete vereadores entre os partidos envolvidos. O vereador Gilmar disse que política não se faz “ciscando para dentro” e sozinho.
A vereadora Marisa Rocha, presidente do diretório municipal do PSB, revelou que o partido apoiou a candidatura de Guerreiro a prefeito nas eleições de 2012. No entanto, acusou o tucano de “virar as costas” para o PSB. “Nós apoiamos a candidatura dele e o ‘carregamos nas costas’. Você quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela. Ele pegou um poder e não quer mais ninguém”, disparou a vereadora em entrevista.