O presidente licenciado do PMDB estadual, deputado federal Wlademir Moka, disse ontem (9) que o seu partido não conta mais com a possibilidade de aliança com o PDT. “O que se vê é que a cúpula nacional do PDT prestigiou um grupo que é mais ligado ao PT”, observou o parlamentar.
A cúpula nacional do PDT interveio no Diretório Regional e nomeou João Leite Schimidt para seu representante. Ele é ligado ao deputado federal Dagoberto Nogueira que, por sua vez, defende o apoio do PDT à candidatura do ex-governador Zeca do PT na chapa de quem quer ser candidato a senador.
A intervenção provocou a desfiliação de três dos quatro deputados estaduais do PDT: Ary Rigo, Onevan de Matos e Ivan de Almeida. Só o deputado Antônio Braga permaneceu no partido.
Na análise de Moka, o cenário político local aponta que o PMDB se unirá a aliados tradicionais como PSDB, DEM para enfrentar o PT e o PDT.
“Temos que respeitar a decisão de outros partidos. Eles vão seguir o caminho que eles traçarem”, comentou.
Na última vez que comentou sobre o assunto, o governador André André Puccinelli (PMDB) disse que ainda não descartava ter o PDT como aliado, mas aguardaria o momento certo para analisar a situação.
MANDATOS
A cúpula do PDT já concluiu Ação contra os deputados Ary Rigo e Onevan de Matos que deixaram o partido e ingressaram no PSDB. O partido reivindica o mandato dos dois parlamentares. “No começo da semana que vem vamos protocolar no TRE [Tribunal Regional Eleitoral]”, informa o interventor do diretório regional, João Leite Schimidt.
Ele adianta que a representação reivindica os dois mandatos para os suplentes do PDT baseado no Estatuto do partido e ainda em decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos dois casos, o entendimento é de que o mandato parlamentar pertence ao partido e não ao candidato eleito.
Os dois deputados alegam terem sido perseguidos no partido, ameaçados de negativa de legenda para disputar a reeleição em outras palavras “quase expulsos” do PDT.