O PMDB quer maior participação na campanha da candidata petista Dilma Rousseff. Como fazer isso é o que quer o PMDB, partido do vice Michel Temer (SP), está discutindo entre as suas principais lideranças na reunião de hoje (6), em Brasília. A reunião, de acordo com os peemedebistas, tem o objetivo de mobilizar a legenda para ganhar as ruas no segundo turno da campanha. Os peemedebistas também mantiveram reuniões ontem e hoje com a candidata e com a coordenação da campanha, para afinar o discurso.
Temer disse que se reuniu com Dilma ontem e chegou a conversar sobre o descontentamento do partido com o fato dele ter ficado “meio escondido” na campanha. “Eu já havia sentido esse descontentamento no partido e conversei ontem com a candidata” Após a reunião com Dilma, tomou-se a decisão de que o articulador político Moreira Franco participará de todas as reuniões da coordenação de campanha.
Moreira Franco negou a existência de um clima ruim entre PMDB e PT no primeiro turno. “O clima sempre foi bom e agora vai melhorar mais ainda”, disse Moreira, que também adotou o tom de comparação que a campanha passará a exibir nesse segundo turno. "A campanha terá que fazer o que não conseguiu fazer no primeiro turno que é deixar clara a diferença que existe entre o projeto da Dilma e do José Serra".
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que perdeu o governo da Bahia para o petista Jaques Wagner chegou à reunião afirmando que a relação não estava tão boa. No entanto, Geddel disse que já aparou as arestas em uma reunião pela manhã, com Dilma Rousseff. “Havia um clima ruim que não existe mais. Eu não tenho mais mágoa”.
“Se eu for fazer política com mágoa eu acabo com meu fígado”, disse Geddel. A “mágoa” de Geddel tem motivo no fato de Dilma ter declarado, na Bahia, que seu candidato era o governador petista.