A filiação do presidente Jair Bolsonaro vai mudar o cenário político em Mato Grosso do Sul e porque não dizer, no Brasil. O nanico PL pode se transformar em grande no Estado com a “invasão” de bolsonaristas. O presidente já até passou mensagem a um velho amigo daqui do Estado pedindo para acompanhá-lo ao PL. A ida de Bolsonaro mudará ainda a configuração das bancadas no Congresso Nacional. Ele deve arrastar até 26 deputados do PSL, legenda pela qual ele fora eleito em 2018 para presidente da República. A estimativa foi feita por deputados federais bolsonaristas que compõem a tropa de choque do presidente. De Mato Grosso do Sul, pelo menos dois deputados federais poderão acompanhar o presidente da República.
É indiscutível que o PL ficará encorpado com o ingresso dos bolsonaristas. Só o PSL pode perder 26 deputados federais para o PL. De Mato Grosso do Sul é provável que os deputados federais Dr Luiz Ovando e Loester Trutis acompanham o presidente Jair Bolsonaro. O maior prejudicado com essa troca-troca de partido é o PSL, que está em fase de fusão com o DEM para criar o União Brasil.
Há ainda a expectativa do único estadual que sobrou do PSL embarcar na canoa de Bolsonaro: Capitão Contar. Só resta saber se até abril ele repense a mudança depois de ver o tamanho do cofre do União Brasil abarrotado de dinheiro para gastar na campanha eleitoral.
O presidente Jair Bolsonaro passou uma mensagem ontem (11) ao Coronel Davi convidando-o para acompanhá-lo na filiação ao PL. E depois vai lhe dar uma missão. Davi disse ao presidente que prefere disputar a reeleição, mas é um soldado pronto para cumprir qualquer missão. E Bolsonaro respondeu que a missão será dada.
Então até abril, o Coronel Davi ficará sabendo qual caminho a seguir na campanha eleitoral. Se disputa a reeleição ou vai para deputado federal. O futuro político dele está nas mãos do capitão Bolsonaro.
É bom deixar claro que quem vai ditar as regras no PL aqui no Estado são os bolsonaristas. O deputado João Henrique já vem propalando nos bastidores da Assembleia Legislativa que será candidato a governador. Ele até pode querer, mas não vai disputar ao governo se o projeto dos bolsonaristas for de apoiar candidato de outro partido ou trazer um nome forte para o PL com o propósito de entrar na corrida pela sucessão estadual.
Até abril poderemos ter algumas surpresas, que poderá embaralhar ainda mais o cenário político do Estado. Mas a convivência deles será bem desde que os interesses de ambos os lados sejam contemplados.