O PP, que participa da base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu hoje (14) que dará apoio informal à candidatura petista de Dilma Rousseff à Presidência da República. Assim, o partido não poderá ceder o seu tempo de propaganda política no rádio e na televisão, de um minuto e 30 segundos, à coligação Para o Brasil Seguir Mudando de apoio à candidata petista.
O presidente do PP, o senador Francisco Dornelles (RJ), disse, depois de se reunir com Dilma Rousseff, que a decisão de não apoiar formalmente a candidatura petista se deveu às dissidências em sete estados (São Paulo, Santa Catarina, Rondônia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná). Nas demais unidades, de acordo com Dornelles, o apoio à candidatura petista já havia sido decidido pelos diretórios.
“O PP reiterou seu apoio político à candidata Dilma em um processo de discussão que ocorreu de baixo para cima. Ouvimos todos os diretórios estaduais e até os municipais e não aderimos à coligação devido à divergência existente em sete estados. Mesmo com esse pequeno dissenso, estamos entrando com nosso apoio político com o mesmo entusiasmo que faríamos se estivéssemos formalmente coligados”, disse.
Ele afirmou ainda que as divergências de posições nas eleições nos estados e na esfera nacional poderiam ter sido resolvidas se as eleições para presidente da República, senadores e deputados federais fossem feitas separadamente dos cargos da esfera local, como governador, deputado estadual, prefeito e vereador. “Quando as alianças estaduais não coincidem com as alianças federais, isso tem que ser administrado, respeitados cada diretório, para que o partido chegue unido nas eleições”.
O líder do PP na Câmara, João Pizzolatti, disse que o partido fechou aliança com o PSDB nos estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Já os diretórios dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rondônia e Rio Grande do Norte tomaram a decisão de se manterem neutros no primeiro turno das eleições.
O petista José Eduardo Cardozo (SP), um dos coordenadores da campanha de Dilma, que esteve no encontro, disse que o apoio informal do PP é importantíssimo para a campanha. “Há um peso muito importante. O PP foi um aliado que esteve presente em todos os embates, dando sustentação ao governo e havia um desejo de todos nós de que pudéssemos estar juntos nessa busca de continuidade ao conjunto de mudanças que imprimimos no Brasil”, disse.
O PP tem atualmente um senador, 555 prefeitos, 41 deputados federais, dois governadores, 5.135 vereadores e 1,2 milhão de filiados.
Agora a tarde, Dilma segue para Curitiba, onde, à noite, terá um encontro com prefeitos e lideranças políticas do Paraná.