Na manhã desta quinta-feira, 13, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), efetuou na Prefeitura de Três Lagoas diligência que faz parte da operação denominada “Morteiro”. Na ocasião foram recolhidos documentos de processo licitatório, contrato e pagamento a empresa de eventos, relacionados com a realização de show pirotécnico na festa de Réveillon no final de 2013.
De acordo com o Gaeco a operação policial é fruto de investigação iniciada há dez meses, a partir de denúncias feitas à Promotoria de Patrimônio Público de Três Lagoas, de que empresários teriam fraudado licitações destinadas à contratação de empresas para a realização de eventos no município. Ainda de acordo com o Gaeco, durante a apuração surgiram indícios de que os empresários teriam combinado valores de propostas e orçamentos para que licitações fossem vencidas por empresas previamente escolhidas pelo grupo, inclusive com a possibilidade de participação de servidores públicos municipais.
Diante do fato, a prefeita Marcia Moura determinou ao secretário de finanças da prefeitura, Fernando Pereira, que as portas da prefeitura sejam abertas a qualquer solicitação do Ministério Público, tanto agora quanto futuramente, e que seja realizada uma auditoria em todos os contratos das empresas investigadas pelo MP para apurar possível irregularidade cometida nas licitações e contratações dessas empresas, e também apurar se houve participação de servidores públicos nesses processos.
Em relação ao ex-servidor público citado na nota emitida pelo Gaeco, a administração municipal informa que o mesmo não faz mais parte do quadro de funcionários da prefeitura de Três Lagoas desde o início desta semana, já que pediu exoneração do cargo.