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Prefeita não se pronuncia sobre fim do contrato com o Hospital

Prefeita Márcia Moura (PMDB) não concedeu a entrevista coletiva que estava marcada para a manhã de ontem

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A prefeita Márcia Moura (PMDB) não concedeu a entrevista coletiva que estava marcada para a manhã de ontem, quando falaria sobre o fim do contrato com o Hospital Auxiliadora. A entrevista foi cancelada, segundo a assessoria de imprensa, em razão de compromisso fora da cidade. Além disso, não foi agendada uma nova data.

A expectativa era grande por parte da sociedade já que muitos aguardavam um posicionamento por parte da administração municipal em relação ao atendimento aos pacientes do SUS. Para o ex-secretário de Saúde, o vereador Jorge Martinho, a prefeita já deveria ter se antecipado e se pronunciado sobre essa situação na quinta-feira, já que gerou aflição e angústia por parte da população que depende do atendimento do SUS, desde o anúncio do hospital na última quarta-feira. “Deixa para brigar e ver quem tem razão depois. O que não pode é deixar a população sem atendimento”, ressaltou.

Na opinião de Martinho, está faltando acompanhamento de gestão por parte da administração municipal. “Não está havendo o investimento necessário na área. Aumentou muito o movimento de pessoas atendidas no hospital, inclusive de pacientes de outras cidades do Bolsão, mas o recurso é o mesmo há alguns anos. O ministério da Saúde precisa ser informado sobre isso, desse aumento de pacientes, por isso digo que falta gerenciamento”, comentou Jorge Martinho.

Ainda de acordo com o parlamentar, em Três Lagoas não existe outro local pronto e estruturado para atender aos pacientes como no Auxiliadora. “Em casos de cirurgias que necessitam de anestesia geral, é preciso ter UTI”, disse Martinho ao ser questionado sobre a possibilidade de a Prefeitura utilizar o Pronto Atendimento para fazer as cirurgias eletivas que não são mais realizadas no hospital desde a semana passada.  

Para Martinho, é preciso uma solução imediata para o problema. “Estão falando em hospital público, que levará quatro anos para ser construído, como se fosse resolver o problema atual, e não é isso. Se fosse assim, Dourados e Campo Grande não teriam problemas na área da saúde. Não sou contra o hospital público, mas não resolverá o problema de hoje. A solução para essa situação está dentro do município. É preciso reorganizar a gestão”, salientou.