A administração municipal iniciou um levantamento das áreas que pertenciam a antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) que posteriormente foram transferidas para a Rede Ferroviária Federal S/A, atualmente sob a administração da Seção do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul. Como estas áreas estão prestes à serem transferidas para o município, a secretária de Infraestrutura e Planejamento, Carmem Goulart, informa que o objetivo é fazer um diagnóstico para se identificar quais projetos poderão ser executados.
O diagnóstico, conforme a secretária, visa levantar possíveis problemas existentes sob o aspecto de urbanização e encontrar uma solução. Vencida esta etapa a administração municipal dará início à elaboração dos projetos que poderão ser executados nessas áreas.O levantamento será realizado por profissionais técnicos da própria secretaria, através de uma equipe multidisciplinar integrada por arquitetos, topógrafos e técnicos em edificações. Carmem destacou que esse trabalho básico, tem por objetivo antecipar estudos para quando a prefeitura receber a transferência destas áreas saber o que poderá executar na sua extensão e ter pelo menos um esboço do que poderá nelas edificar dentro de um processo de urbanização, e sobretudo, de integração ao perímetro urbano da cidade.
Moradores das proximidades da linha férrea no perímetro urbano perguntam: se os trens deixaram de trafegar, porque ainda não retiram os trilhos? E manifestam que querem a abertura de novas ruas, interligando um lado ao outro da cidade, além da revitalização deste espaço.
A secretária de Planejamento, Carmem Goulart disse que, enquanto o município não receber essas áreas não pode executar nenhum projeto neste espaço. “Ainda não temos a titularidade desses lotes”, ressaltou.
De acordo com a secretária, existe o propósito de construir um parque linear ao longo da antiga linha férrea, da abertura de uma avenida e a destinação de um espaço para a feira livre. “Assim que essa áreas forem transferidas para o município, poderemos apresentar esses projetos e o que realmente será feito ali, frisou.
Dentro deste diagnóstico, Carmem Goulart informou que está sendo separadas as ruas que terão continuidade para posteriormente verificar nos intervalos dessas vias, o que pode ser feito, se é mais viável transformar em uma grande avenida de ligação, ou destinar para um espaço de lazer, feira livre, museu a céu aberto, entre outros equipamentos comunitários que serão instalados. Na avenida Eloy Chaves, por exemplo, a secretária disse que não existe nenhum obstáculo que impeça a continuidade desta via, diferente de outras ruas que possuem casas bem no traçado da via. “Por isso da necessidade deste diagnóstico”, ressaltou.
Embora nada esteja definido, a secretária não descarta a possibilidade da realização de uma audiência pública para discutir com a população o que deve ser feito neste espaço que pertencia à ferrovia.
POPULAÇÃO
Moradores que residem próximo essa área opinam dizendo que no espaço por onde estão instalados os trilhos a prefeitura deveria fazer uma avenida, incluindo uma ciclovia . A ideia, de acordo com alguns moradores ouvidos pelo Jornal do Povo, seria que a avenida iniciasse na BR-262, passando pela região do Jardim Imperial, Novo Oeste, até chegar ao centro, tendo continuidade até o Jupiá.
De acordo com o superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul, Mário Sobral Costa, a intenção é de que essas áreas sejam transferidas ao município ainda neste semestre.