A alteração sem qualquer critério da destinação de áreas públicas pela prefeita Adriane Lopes (PP) no bairro Costa Verde e no Jardim Talismã, mesmo que seja para atender interesses sociais, comprova o que todo mundo já sabe: não existe no âmbito do poder municipal política habitacional com um mínimo de consistência e muito menos estratégias para colocar fim aos chamados vazios urbanos.
Em ambos os locais serão construídas casas para os moradores que perderam seus barracos no incêndio que atingiu a Favela do Mandela, em novembro do ano passado.
No caso do Costa Verde, a área em questão se trata de uma quadra para a qual há 20 anos estava prevista a construção de uma praça para a população. Já com relação ao Jardim Talismã, a área a ser ocupada pelas novas moradias estava destinada à construção de um Centro de Educação Infantil (Ceinf) e da sede da Associação de Moradores.
Assim como os moradores do Costa Verde já na atualidade não contam com uma área de lazer, os novos vizinhos também não a terão quando passarem a residir no local. Ou seja, pelo fato de a prefeitura não ter qualquer planejamento para solucionar os problemas já existentes, amplia o número de pessoas que não têm espaços de lazer nos bairros onde moram.
As crianças da Favela do Mandela que passarão a residir no Costa Verde também terão de brincar na rua e os adultos terão de fazer caminhadas também na via pública, correndo o risco de serem atropeladas.
Enquanto isso, áreas imensas e com toda infraestrutura para receber novos empreendimentos imobiliários e serem transformadas em espaços de lazer para a população, não chamam a atenção da prefeita Adriane Lopes e de sua equipe. São os chamados vazios urbanos.
É o caso dos terrenos públicos na Avenida Duque de Caxias, nas proximidades do aeroporto internacional, lotados todos os finais de semana por milhares de famílias em busca de espaço de lazer por conta da omissão da prefeitura no que diz respeito ao planejamento urbanístico.
SAIBA MAIS