O presidente da Câmara Municipal, Jorge Aparecido de Queiroz, o Jorginho do Gás (PSDB) colocou seis vereadores em “banho- maria” e não entregou a prestação de contas dos gastos do Legislativo. Esses vereadores tinham solicitado no mês passada o balancete eferente a aplicação de recursos financeiros da Câmara Municipal, mas decorridos mais de trinta dias, Jorginho do Gás atendeu a solicitação deste grupo de vereadores e até ontem não havia entregue o balancete solicitado e nem informado o prazo que pretende entrega-lo.
Há cerca de 15 dias, após divulgação de jornalística sobre esse assunto, Jorginho do Gás, após regressar de uma viagem, convocou esses vereadores e disse que eles haviam dado um “presente de grego”. Jorginho disse não ter gostado do posicionamento dos vereadores ao solicitarem verbalmente a prestação de contas da Câmara Municipal, embora esteja previsto no Regimento Interno do Legislativo, que a prestação de contas deve ser feita.
Segundo apurado pelo Jornal do Povo, Klebinho, Nilo Cândido, Sirlene da Saúde, apóstolo Ivanildo, Marisa Rocha e Vera Helena, querem ter conhecimento dos gastos do Legislativo. Por mês, a Câmara Municipal recebe mais de R$ 1 milhão referente ao duodécimo que o Poder Executivo legalmente está obrigado a enviar. Até este mês de novembro , o Legislativo já recebeu cerca de R$ 11 milhões, entretanto, esse grupo de vereadores está questionado a destinação de todo esse dinheiro e a sua correta aplicação.
A decisão desse grupo em pedir a prestação de contas da Câmara Municipal deve-se ao fato de que, quando tudo que diz respeito às contas do Legislativo, as pessoas vêm os gastos como são feitos tem a participação de todos os vereadores, quando em verdade não é assim que os fatos se dão, até porque o principal ordenador de despesas é o presidente da Casa.
Vereadores, que não usam cota de combustível, ou dela fazem pouco uso, informam que não têm conhecimento de como funciona o contrato de fornecimento de combustível. E, muito menos, quanto ao o valor que se paga ao fornecedor que venceu a licitação para abastecer os veículos dos vereadores. Outro questionamento de alguns vereadores é com relação à cota de combustível que eles têm direito no valor de quase R$ 5 mil da verba indenizatória. Há vereador que entende que esse valor deveria ser estipulado, pois se algum parlamentar gastar mais da cota estabelecida, o problema é dele.
Outra questão que não tem agradado a esse grupo de vereadores é o fato dos gastos, licitações, entre outras práticas questões, estarem fechadas a quatro chaves pelo diretor geral da Câmara Municipal, André Ribeiro, ao invés de ser dado conhecimento a todos os parlamentares.
Transparência
As reportagens que o Jornal do Povo têm feito e dado repercussão sobre gastos da Câmara Municipal de Três Lagoas estão baseadas em informações verídicas e constatadas no próprio site da Transparência da Câmara Municipal, que apesar de atender determinação legal, não é transparente o suficiente para uma análise acurada sobre os gastos do legislativo Municipal, que tem se apresentado, supreendentemente, em desacordo com as melhores práticas nos cuidados que se deve ter com o dinheiro público. O que se pretende única e exclusivamente é ver restabelecido o respeito com o dinheiro do povo. O Jornal do Povo vai continuar a sua missão denunciando abusos com o erário público. E avisa desde já, que não tem receio e nem vai recuar na conduta de informar e denunciar essas práticas ao seu público leitor. A desfaçatez e as ameaças endereçadas com frequência pelo presidente da Câmara e os vereadores que lhe são próximos, à direção do Jornal do Povo serão sempre repelidas com a determinação de um jornal comprometido com o seu público leitor , que tem por obrigação não ser conivente com agentes políticos que teimam em usar e abusar das funções que estão temporariamente investidos.