O presidente da Síria, Bashar Al Assad, assinou hoje (21) o decreto que acaba com o Estado de Emergência, em vigor no país há 48 anos. Assad também assinou um decreto que regulamenta o direito às manifestações nas cidades sírias. As medidas ocorrem no momento em que a Síria vive uma onda de protestos que pedem a saída de Assad e abertura política.
Há 11 anos, Bachar Al Assad herdou a presidência da Síria, depois da morte do pai, Hafez Al Assad, mantendo o Estado de Emergência imposto em 1963, quando o partido Baath chegou ao poder. Em março, a Casa Branca condenou a “brutal repressão” por parte do regime sírio de manifestantes que reclamam reformas políticas no país.
Ontem (20) durante protestos em várias cidades da Síria ativistas políticos foram presos por autoridades policiais sob a acusação de tumultos e ameaça à ordem pública.
Para os manifestantes, Assad é autoritário, cerceia as liberdades de expressão e de imprensa e concentra o poder no governo. Os protestos pedem a saída do atual presidente. As reivindicações ocorrem no momento em que o Oriente Médio e o Norte da África passam por várias manifestações políticas que apelam pela saída dos governantes.