O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), decidiu acolher representação por quebra de decoro parlamentar contra os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP).
A escolha dos relatores dos processos vai acontecer durante reunião marcada para esta quinta-feira (17). De acordo com o presidente do Conselho de Ética, os relatores não serão dos partidos e nem dos estados dos senadores investigados.
Segundo João Alberto, os denunciados terão dez dias úteis para apresentar defesa. Também está previsto o comparecimento pessoal dos senadores denunciados para se defender das acusações.
Delcídio do Amaral foi preso dia 25 de novembro, acusado de ter agido para obstruir a ação da Justiça no trabalho de investigação da operação Lava Jato. No dia seguinte, por 59 votos a favor, 13 contra e uma abstenção, o Plenário do Senado decidiu atender ao pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) e manter a prisão do senador sul-mato-grossense.
Logo depois, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do senador Delcídio do Amaral, que segue preso preventivamente.
A defesa do senador alega que a prisão dele foi ilegal. Entretanto, a ministra manteve o parecer da 2ª Turma do STF, que decidiu por unanimidade pela prisão do senador. O processo corre em segredo de justiça.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou que a filiação de Delcídio ao partido foi suspensa por 60 dias. O dirigente afirmou que o PT decidiu abrir um processo disciplinar para investigar o ex-líder do governo no Senado que poderá culminar na expulsão dele da legenda.