O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Ricardo Lewandowski, discorda da realização de eleições únicas a cada quatro anos no Brasil.
Para ele, a população poderia ficar confusa tendo que votar em oito candidatos de uma só vez.
“Esta eleição deste ano já é bem complexa, temos seis candidatos, imagine se tivesse eleição também para prefeito e vereador?”, questionou, durante entrevista coletiva em Campo Grande, na sede do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), onde faz visita nesta manhã para acompanhar os preparativos das eleições.
Ele lembrou que o TSE está recomendando, inclusive, que as pessoas levem uma “cola” no dia 3 de outubro, quando os brasileiros escolherão nas urnas seu novo presidente, governadores, dois senadores, deputados estaduais e federais.
“Isso não tem nada de ilegal, não é vergonhoso, e o próprio TSE imprimiu mais de 54 milhões de cartazes e colinhas para ajudar o eleitor”, enfatizou.
Lewandowski admite que a realização das eleições de dois em dois anos tem um custo alto para os cofres públicos, mas é um sistema necessário na atual conjuntura.
“Seria realmente algo bem difícil de administrar (eleições conjuntas de 4 em 4 anos), mas o brasileiro tem reagido bem, comparece de dois em dois anos às urnas, acho que é uma festa cívica, em um País que está amadurecendo do ponto de vista democrático, então me parece um exercício válido”, comentou.