Numa devassa inédita no país, Procuradoria Regional Eleitoral de SP, ligada ao Ministério Público Federal, está cobrando multas de cerca de R$ 390 milhões de financiadores da eleição de 2006. Os doadores, 1.500 pessoas físicas e mil empresas, são acusados de exceder o teto legal de contribuição.
O levantamento foi baseado em trabalho conjunto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da Receita Federal. Além da multa, equivalente a dez vezes o valor excedido, os doadores considerados ilegais podem ser proibidos de firmar contratos com o poder público pelo prazo de cinco anos.
Os beneficiados incluem senadores, deputados federais e dois candidatos à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com a Procuradoria, também serão verificados possíveis doadores fantasmas. As empresas negam ter cometido irregularidades.