O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, voltou a defender hoje (30) as políticas sociais adotadas no país durante o 4º Seminário sobre Desenvolvimento Econômico que termina hoje no Itamaraty, em Brasília.
Segundo ele, o governo tem combatido, assim, o assistencialismo ao primar pelo atendimento à população de baixar renda como um direito das pessoas com maior vulnerabilidade social.
“Em países como a Áustria, nos países escandinavos, quem ganha menos de um certo nível recebe uma complementação de renda”, afirmou, lembrando que não houve críticas a esses programas de proteção social, pois representam, segundo ele, a busca pela igualdade e pela inclusão.
Para Patrus Ananias, à medida que as pessoas e as famílias melhoram as condições de vida os programas sociais irão sendo aperfeiçoados e ampliados.
“Sempre com o objetivo de assegurar uma sociedade que garanta um patamar comum de direito e oportunidades iguais para todos. Não se trata apenas de reduzir a pobreza extrema, que no primeiro momento foi importante.”
O ministro defendeu ainda que uma criança desde o momento da concepção tenha toda a cobertura social, incluindo mãe e família, como alimento, educação, acompanhamento médico-hospitalar e creche. “O Brasil tem uma dívida social alta. A pobreza vem de longe com herança da escrivadão, da colonização, da brutal concentração de terra e de renda. O que nós estamos fazendo é buscar um equilíbrio que, a meu ver, deve ser muito mais avançado.”
Patrus Ananias acredita ainda que programas como o Bolsa Família deva continuar, pois sempre existirão pessoas em situações temporárias ou definitivas que precisarão da cobertura do poder público e do Estado. “Aqueles que podem mais dão uma contribuição maior pelo bem comum. Aqueles que não podem vão se preparando para na medida do possível dar a contribuição.”