A assinatura hoje (22) do decreto que prorroga o prazo de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 10 dias até 31 de dezembro deste ano garante fluxo de caixa às empresas para que sejam quitados outros débitos, como a folha de pagamento dos funcionários e aluguel. “A medida tomada é de extrema importância, dá fôlego porque o tributo postergado por mais 10 dias, ou seja, vencendo dia 15, melhora o fluxo de caixa e tira um peso a mais das empresas”, avalia o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen.
De acordo com Longen, o setor da indústria está em fase de recuperação após a crise financeira mundial. Em Mato Grosso do Sul, o PIB industrial deve fechar acima de 10%. “O setor industrial evoluiu muito no Estado, temos diversas áreas que cresceram, como vestuário, confecções, siderurgia e alimentos. Talvez Mato Grosso do Sul tenha um dos melhores PIBs do Brasil. Por isso, a prorrogação desse imposto ajuda muito as empresas”, explica.
Para o vice-presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul (Fecomércio), Edison Araújo, de maneira geral, o impacto financeiro para as empresas é muito importante. “No começo do mês, temos muitas despesas desde salários, aluguéis e encargos sociais. A medida faz com que as empresas tenham um fluxo de caixa maior e alivia o setor financeiro, principalmente no começo do mês. O governador André Puccinelli foi muito sensível na sua decisão”, afirma.
Edison acredita que se a medida de prorrogação do ICMS não tivesse sido tomada no início da crise, no ano passado, pelo governo do Estado, as conseqüências da crise poderiam ter sido piores. “Na época o governo se sensibilizou, o que veio aliviar a situação financeira de todo o setor produtivo, principalmente do comércio. De um modo geral, a partir de março, a economia tem melhorado”, finaliza.
Já o presidente da Associação dos Fiscais de Renda de Mato Grosso do Sul (Fiscosul), Fernando Luis Valejo, destaca que o governo estadual trabalhou para cumpriu seus compromissos e garantir a estabilidade econômica do Estado. “Se o governo não tivesse feito ajuste de contas do Estado, trabalhado para cumprir seus prazos, já que paga salário, essa prorrogação do ICMS não seria possível”, lembra.