Onze estudantes ficaram feridos no segundo dia de protestos pelo fechamento da emissora RCTV decretado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e pela morte de dois universitários em Mérida durante outras manifestações, informou nesta quarta-feira, 27, o diário venezuelano El Universal.
Mesmo após serem reprimidos na segunda-feira, os estudantes da Universidade Santa Maria voltaram às ruas para protestar contra as medidas decretadas por Chávez.
Os manifestantes entraram em confronto com a Polícia local. Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram usadas contra os estudantes, que revidaram com pedras e garrafas. Segundo os universitários, 11 deles ficaram feridos.
Na segunda-feira, os protestos estudantis deixaram duas mortes em Mérida. Uma das vítimas, identificada como Yorsinis Carrillo Torres, de 15 anos, recebeu um tiro no peito quando participava de uma manifestação chavista. O jovem era militante do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Hugo Chávez.
O governador da província, Marcos Díaz, não identificou o segundo morto, mas afirmou que ele também se manifestava em favor do governo e foi vítima da explosão de uma bomba.
O Ministério Público designou quatro fiscais para investigar as mortes dos estudantes. Díaz negou que as mortes tenham sido causadas pela ação policial e disse que as vítimas são "produto de grupos de vândalos, francoatiradores organizados pela oposição".