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Desafios

Próximo prefeito terá de viabilizar moradias populares em Três Lagoas

Cidade tem milhares de pessoas à espera da oportunidade de comprar uma casa

Sem condições de pagar aluguel, famílias moram em barracos construídos em áreas da prefeitura  - Arquivo/JP
Sem condições de pagar aluguel, famílias moram em barracos construídos em áreas da prefeitura - Arquivo/JP

O futuro prefeito de Três Lagoas também terá o desafio de construir mais casas populares para reduzir o déficit habitacional. De acordo com a diretora do Departamento de Habitação, Sônia Góis, existem oito mil pessoas cadastradas aguardando pela casa própria. No entanto, nem todas preenchem os critérios dos programas habitacionais para ter direito a uma moradia popular.

Somente na administração da prefeita Márcia Moura (PMDB) foram entregues 2.656 unidades. A construção de casas populares em Três Lagoas praticamente teve início da gestão da ex- prefeita Simone Tebet (PMDB). Antes, a cidade tinha poucas unidades na Vila Piloto. A partir de então, surgiram os novos conjuntos habitacionais. E, por último, na gestão de Márcia os residenciais Novo Oeste e Orestinho. “Não é qualquer cidade de Mato Grosso do Sul que conseguiu chegar nesse número de casas”, destacou.

Em razão da industrialização, que têm atraído muitas pessoas para Três Lagoas, aliado ao custo de vida e preço do aluguel, algumas famílias resolveram construir barracos em áreas públicas. Atualmente, pelo menos quatro áreas da prefeitura estão ocupadas por famílias que alegam não ter condições de pagar aluguel. “Antes desse “boom” industrial, já existia grande demanda, porque eram poucas casas e muitas pessoas. O projeto habitacional na cidade ficou parado por muitos anos, pouco se investia nessa área”, comentou a diretora.

Segundo Sônia, um dos problemas para a construção de casas é a falta de áreas públicas disponíveis. A prefeitura terá que desapropriar, enfrentando o desafio da valorização de áreas na cidade. “Vamos ver o que acontece neste setor no ano que vem, porque terrenos estão caro. Os donos perderam a noção do preço e as áreas que o município dispõe são pequenas” destacou Sônia.