O esquema tático do PSDB para as próximas eleições é passar rolo compressor sobre os rivais. E uma das medidas é arrancar dos partidos adversários todos os prefeitos em condições de ganhar a disputa eleitoral. O PSDB só não vai se interessar na filiação de prefeitos mal avaliados pela população.
O PSDB já acertou a filiação para o fim de semana de mais quatro prefeitos: Maycol Queiroz, de Paranaíba; Gerolina Alves, de Água Clara; Gilson Cruz, de Juti; e Donizete Viaro, de Paranhos. Com isso, o ninho tucano passa a ter 46 prefeitos de um total de 79 no estado.
O cacique dos tucanatos, ex-governador Reinaldo Azambuja quer mais. Ele vai ainda atrás de mais prefeitos para garantir a hegemonia do partido nas eleições e no comando do poder político de Mato Grosso do Sul por muitos e muitos anos.
O PSDB não quer mais largar o osso, como se diz no jargão popular, depois conquistar, pela primeira vez, o governo do Estado com Reinaldo Azambuja e continua no comando com a eleição de Eduardo Riedel. A ideia de Azambuja é não abrir o espaço para os rivais para as eleições de 2026 quando à reeleição de Riedel estará em jogo, bem como uma das vagas de senador. Azambuja deve ser candidato ao Senado empurrado por uma legião de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais. O primeiro passo é eleger, de 40 a 50 prefeitos, e a maioria dos vereadores nas eleições de 2024.
Até hoje nenhum partido teve tantos prefeitos em seus quadros quanto o PSDB. Azambuja só evita arrancar prefeitos do PP, porque não quer criar atritos com a senadora Tereza Cristina mesmo sabendo que os dois partidos serão rivais em vários municípios, a começar por Campo Grande, onde o deputado federal tucano Beto Pereira está se preparando para enfrentar a prefeita Adriane Lopes, que ingressou ao PP pelas mãos de Tereza.
Azambuja precisará de Tereza Cristina para apoiar a sua candidatura ao Senado e à reeleição de Eduardo Riedel.
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