As perspectivas eleitorais de reeleição levaram alguns deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a mudar de partido. Em alguns casos, a troca de sigla teria sido a única saída “para a sobrevivência política”.
O prazo da Justiça Eleitoral terminou no sábado (3) para o registro de filiação partidária para todos aqueles que pretendem candidatar-se a deputado estadual, deputado federal, senador e presidente da República. Só pode concorrer o candidato que estiver filiado a determinado partido político, ao menos um ano antes das eleições de 2010.
No caso do PDT, Antônio Braga foi o único dos quatro da bancada a permanecer no partido, apesar de haver anunciado que estava cogitando filiar-se no PMDB. A saída dos deputados Ary Rigo, ex-presidente regional do PDT, e Onevan de Matos foi provocada pela intervenção da Executiva Nacional, que acabou designando João Leite Schimidt, como presidente regional do partido. Os dois migraram para o PSDB. O partido havia perdido o deputado Márcio Fernandes, que se filiou ao PT do B.
No caso do Coronel Ivan, eleito pelo PSB, ficou um tempo sem partido e filiou-se ao PDT, no ano passado. Ele acabou também abandonado a sigla e filiou-se ao PRTB.
O deputado Diogo Tita, tradicional liderança do PMDB na região do Bolsão, também abandonou o seu partido para filiar-se ao PPS. Nos cálculos do ex-prefeito de Paranaíba, se permanecesse no seu antigo partido, não teria oportunidade de se reeleger, já que precisaria, no mínimo, de 25 mil votos.
Com essas mudanças, o PMDB perdeu e passa a contar com sete deputados, continuando ainda com a maior bancada. São do PMDB: Akira Otsubo, Celina Jallad, Jerson Domingos, Júnior Mochi, Marquinhos Trad, Maurício Picarelli e Youssif Domingos.
A segunda bancada mais forte na Assembléia Legislativa, antes ocupada pelo PDT, passa a ser a do PSDB com os deputados: Ary Rigo, Dione Hashioka, Reinaldo Azambuja, Rinaldo Modesto (eleito pelo PT do B) e Onevan de Matos.
A terceira bancada é a do Partido dos Trabalhadores (PT). O partido continua sendo representado na Assembleia Legislativa por quatro deputados, que mantêm oposição ao governador André Puccinelli (PMDB): Amarildo Cruz, Paulo Duarte, Pedro Kemp e Pedro Teruel.
Em quarto lugar, permanece a bancada do PR, formada por Londres Machado, Antônio Carlos Arroyo e Paulo Corrêa.
Os partidos com um só deputado passam a ser os seguintes: PDT (Antônio Braga), DEM (Zé Teixeira), PRTB ( Coronel Ivan de Almeida), PT do B (Márcio Fernandes) e PPS (Diogo Tita).
TRÊS LAGOAS
Em Três Lagoas, não houve registro de troca de partidos políticos, por parte dos vereadores que pretendem disputar as eleições em 2010.
Na Câmara Municipal, apesar de não terem ainda se manifestado publicamente sobre pré-candidaturas, os vereadores Antônio Luiz Teixeira Empke Júnior (PPS) e Jorge Aparecido Queiroz (PSDB) seriam pré-candidatos a deputado pelos seus respectivos partidos. O único que já admitiu publicamente sua pré-candidatura a deputado estadual é o vereador Ângelo Chaves Guerreiro (PDT). Nas eleições para deputado, em outubro de 2006, Ângelo Guerreiro foi eleito primeiro suplente do PSB, quando migrou para o PDT e sofreu processo eleitoral por infidelidade partidária. O processo acabou sendo arquivado.
Já se apresentam também como pré-candidatos a deputado estadual, o presidente do Diretório Municipal do PMDB, Eduardo Rocha, e o secretário municipal de Agronegócios, Luiz Akira, presidente do Diretório Municipal do DEM.