O programa do PT que irá ao ar hoje à noite em cadeia nacional de rádio e TV apresentará a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como uma mulher que faz, embora sem usar esse rótulo. Preocupado com a imagem de Dilma, ainda desconhecida do grande público, o partido quer mostrar sua candidata à Presidência como a gerente da equipe, que tem capacidade administrativa, mas também se aflige com os problemas sociais.
Produzido pelo marqueteiro João Santana, o programa exibirá ministros petistas em torno de Dilma, para que ela apareça como a capitã do time. A estratégia é associá-la a iniciativas na área social e a projetos como o Minha Casa, Minha Vida.
O problema encontrado pelo Planalto até agora é combinar a imagem de gerente com a simpatia necessária aos candidatos, aliada a um discurso mais político, que traduza os números para a vida real. Em conversas reservadas, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitem que falta uma "pitada de emoção" em Dilma.
Na TV, a propaganda petista baterá na tecla da comparação entre o Brasil de agora e o da gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002. Além disso, o PT tentará aproximar Dilma do público feminino, fatia do eleitorado em que seu desempenho é aquém do desejável.