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PT rompe com PMDB e petistas terão que deixar Sejuvel

O diretório de Três Lagoas decidiu que o PT não faz mais parte da administração e nem da base de sustentação da prefeita

Presidente do PT, Cristiane Lopes. - Elias Dias
Presidente do PT, Cristiane Lopes. - Elias Dias

O diretório do Partido dos Trabalhadores de Três Lagoas decidiu que o PT não faz mais parte da administração e nem da base de sustentação da administração da prefeita Márcia Moura (PMDB) na Câmara Municipal. A decisão foi tomada na noite da última quarta-feira, durante reunião com os representantes do diretório municipal.  Na tarde de ontem,  foi oficializada a decisão.

Com a decisão, o PT entrega os cargos ocupados por petistas na Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Sejuvel). Segundo a presidente do diretório municipal do PT, Cristiane Lopes, o PT não vai obrigar nenhum dos filiados a deixaram a secretaria, entretanto, se resolverem permanecer fazendo parte da administração do PMDB, terão que se afastar do partido. O mesmo é válido para os dois vereadores do PT, Gilmar Garcia Tosta e Idevaldo Claudino, que não poderão mais fazer parte da base de sustentação da prefeita na Câmara Municipal.

De acordo com Cristiane Lopes, os vereadores não precisam fazer oposição ferrenha, mas terão que levar todos os assuntos e projetos de relevância para serem discutidos dentro do PT antes da aprovação. A presidente do diretório municipal não quis revelar a votação, que foi bastante acirrada, pois um grupo, inclusive o vereador Gilmar, não queria romper com a administração da prefeita. O petista já declarou por diversas vezes que mantém um bom diálogo e amizade com a prefeita, por isso, inclusive, tem feito mais papel de situação do que de oposição no Legislativo. Já o vereador Idevaldo Claudino, que não estava nem para oposição e nem situação, votou para que o PT deixasse a base de sustentação à prefeita.

MOTIVO

Segundo a presidente do diretório municipal do PT, Cristiane Lopes, a decisão do partido em deixar de fazer parte da administração e da base de sustentação à prefeita, ocorreu em razão do PMDB não ter apoiado, no segundo turno das eleições do ano passado, o candidato do PT ao governo, o senador Delcídio do Amaral. De acordo com Cristiane, existia um acordo de que o PMDB, no segundo turno, apoiaria o senador, o que não aconteceu, pois a lideranças peemedebistas decidiram apoiar o candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja.

Cristiane disse que a decisão do PT, não está relacionada ao atual momento em que se encontra a administração da prefeita Márcia Moura. Ela concorda que precisa ser melhorada, mas reafirmou que esse não foi o motivo. “Se o PMDB tivesse apoiado o senador e ele tivesse vencido as eleições, com certeza ele estaria aqui para ajudar a Márcia nesse momento”, comentou.

Embora a presidente do PT não tenha comentado sobre isso, o Jornal do Povo apurou que, na verdade, a decisão do partido em deixar a administração e a base da prefeita, começou quando o diretório estava negociando para assumir toda a Secretaria de Esporte, inclusive o cargo de secretário, atualmente ocupado pelo fisioterapeuta Walter Hulk, indicado pelo senador Delcídio, mesmo não sendo filiado ao PT. Além disso, o partido não queria que o senador de Delcídio, o Nelsinho, continuasse ocupando cargo na secretaria.

Entretanto, segundo fontes ouvidas pelo JP, o vereador Gilmar teria feito um acordo com a prefeita para manter o Hulk e o Nelsinho na secretaria, o que revoltou parte do diretório. Além disso, o JP apurou também que a prefeita não teria cumprido o acordo que tinha com o vereador Idevaldo para contratar algumas pessoas indicadas por ele para determinados cargos. O Jornal do Povo tentou falar com o vereador Gilmar, mas não obteve retorno.