O PT vai entrar com duas ações na Justiça contra o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, por ele ter afirmado que a campanha de Dilma Rousseff e o partido são responsáveis pela quebra de sigilo fiscal da filha do tucano, Verônica Serra.
As ações – uma eleitoral e uma criminal – serão entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a apuração de crime eleitoral por atribuir fatos sem provas à campanha petista para atingir resultados eleitorais e na Justiça Federal por crime ofensivo contra a honra.
De acordo com o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, o PT entrará mais uma vez na Justiça “à contragosto”, pois não quer “judicializar” as eleições, mas não deixará de tomar as “medidas cabíveis”.
– Achamos absurdo que mais uma vez sem qualquer prova se tente atribuir à nossa candidatura qualquer situação da quebra de sigilo de quem quer que seja.(…) Nossos adversários tentam utilizar esse tipo de situação deplorável para poderem tentar reverter um quadro que melhor seria se fosse discutido nos planos das propostas.
O episódio de quebra de sigilo de dados da Receita começou com o vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge e as informações fariam parte de um dossiê contra a campanha de Serra. Em seguida, mas três tucanos teriam sido alvo de vazamento no órgão. Membros do PSDB tentam responsabilizar o PT, que nega qualquer envolvimento no episódio.
Em seguida, foi a vez da filha do tucano. A Receita informou que foi usada uma procuração falsa para acessar os dados fiscais da contribuinte de 2008 e 2009.
A Receita Federal admitiu que houve acesso irregular a informações sigilosas e, se algumas denúncias forem confirmadas, o caso pode ser investigado pela Polícia Federal. Sobre os primeiros vazamentos, foi aberta uma investigação na Corregedoria da Receita.