“Não vou iludir o eleitor com falsas promessas, contos da carochinha, apropriadas para as estórias de Monteiro Lobato, escritas na década de 50. Como candidato a reeleição não posso assumir um discurso de Papai Noel, prometendo aquilo que não terei como cumprir depois de reeleito”, explicou ontem o governador André Puccinelli, candidato à reeleição pelo PMDB.
A declaração foi uma resposta à afirmação do presidente Lula, que acusou o governador de tê-lo traído. O peemedebista havia chamado o presidente de “pai”, e de “fada madrinha”, a presidenciável Dilma Rousseff, referindo-se às obras realizadas no Estado com verbas federais. “Mente quem promete isentar numa canetada só, o ICMS de vários setores já em primeiro de janeiro de 2011”, destacou o governador durante entrevista nesta manhã de quinta-feira ao programa Tribuna Livre do radialista Rui Pimentel, na Capital FM.
André Puccinelli disse que vai manter até o dia último de campanha a mesma estratégia empregada até aqui tanto no horário político eleitoral, quanto no contato direto com o eleitor nas caminhadas e reuniões com a comunidade: prestar contas do que sua administração fez até aqui e projetar as ações dos próximos anos, com base na capacidade real de investimento do Estado.
O governador, alvo de críticas do seu adversário durante entrevista que concedeu na quarta-feira ao mesmo programa, diz que não pretende transformar a campanha “num bate boca com a oposição”. “Minha opção, tanto nos programas do rádio como da TV, quanto nas visitas que vamos fazer a todos os municípios de Mato Grosso do Sul, é apresentar propostas, prestar contas do que foi feito. Cabe ao eleitor avaliar as propostas, a trajetória, a biografia dos candidatos e partir das suas conclusões expressar o seu julgamento nas urnas”, disse André Puccinelli.