O governador André Puccinelli solicitou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, R$ 29,5 milhões em custeio e investimentos no sistema de saúde do Estado, financiamento para postos de saúde, bem como aumento do repasse de recursos a 12 municípios da faixa de fronteira, que atendem os brasiguaios.
No encontro, Puccinelli enfatizou ao ministro que o repasse do PAB (Piso de Atenção Básica), da Assistência Farmacêutica Básica e das internações para atendimento nas cidades da fronteira só leva em consideração a população que reside em território brasileiro, entretanto quem mora em países vizinhos utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS). “São 12 municípios de fronteira, com 305 mil habitantes, mas os recursos são somente para a população brasileira”, destacou o governador.
Para relatar suas dificuldades, participaram da reunião os prefeitos de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold; de Sete Quedas, Sérgio Mendes; e de Aral Moreira, Edson Luiz de David. O prefeito Paetzold afirmou que: “Nós temos dificuldade muito grande na saúde. Existem muitos brasileiros, que vivem do lado do Paraguai. Por ser fronteira seca é fácil o brasileiro estar do lado de cá e de lá. Hoje, temos 14,6 mil habitantes, só que outros 17 mil brasileiros que vivem no Paraguai são atendidos no município, mas não são contados no censo. São R$ 18 ano/habitante do PAB, só que nós atendemos o dobro da população oficial. Precisamos de um valor maior pediu ao ministro que dê uma olhada especial na faixa de fronteira, que tem esse problema. A gente acaba usando o dinheiro da prefeitura na saúde, o que prejudica os investimentos”. Para o prefeito Sérgio Mendes, de Sete Quedas, é importante que “haja diferenciação no repasse para a cidade de fronteira. Hoje, temos de dividir comprimido para atender a todos, o que prejudica a qualidade do atendimento oferecido”.
Outro assunto tratado com o ministro, segundo a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, foi o financiamento para os prontos socorros do Hospital da Vida, de Dourados; da Santa Casa de Campo Grande; do Hospital Regional Rosa Pedrossian em Campo Grande; do Hospital Universitário da UFMS de Campo Grande; e do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Três Lagoas. “Precisamos de R$ 1,5 milhão por mês para atender os prontos socorros”, enfatizou a secretária. O prefeito de Campo Grande que também estava na reunião destacou a Padilha que “o perfil do doente mudou, é o paciente do trauma”, explicando que isso fez aumentar a demanda nos locais de atendimentos emergenciais.
Para o Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, foram solicitados R$ 450 mil/mês para custeio e investimentos de R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos para diagnóstico por imagem. “O Hospital Regional foi credenciado como hospital de ensino, precisamos do acréscimo de recurso para este atendimento”, afirmou Puccinelli ao ministro.
O pleito para a Santa Casa de Campo Grande é investimento de R$ 9 milhões para aquisição de equipamentos do centro cirúrgico e CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e adequação de espaços físicos.