A administração municipal já encaminhou ao Ministério Público Estadual a relação dos parentes de vereadores que trabalham na Prefeitura de Três Lagoas. Na lista, consta o nome de 15 pessoas. No começo deste mês, o promotor de justiça, Fernando Marcelo Peixoto Lanza, encaminhou, um ofício para que cada vereador informasse a quantidades de parentes que cada um tinha trabalhando na prefeitura. Um ofício no mesmo sentido foi encaminhado ao Executivo Municipal.
A prefeitura e alguns vereadores já responderam o ofício. O promotor Fernando Marcelo Peixoto Lanza disse que está aguardando a relação dos parentes por parte dos demais vereadores para que possa confrontar com a lista encaminhada pela prefeitura. Não que existe má fé, mas segundo Lanza, de repente, a administração municipal, por algum motivo, e devido ao tamanho da prefeitura, não tem conhecimento de todos os funcionários de parentes dos vereadores que trabalham no Executivo.
Além disso, o promotor encaminhou um novo ofício ao Executivo e Legislativo, querendo saber quais parentes dos vereadores que trabalham na prefeitura, mas que são concursados. “Queremos analisar se esses funcionários são concursados para qual cargo e se são gratificados. Às vezes é concursado para tal cargo, mas passa a exercer outro e o salário triplica”, comentou.
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Diferente do que o Jornal do Povo divulgou, o promotor entende que, essa situação de parentes de vereadores trabalhando na Câmara, não caracteriza nepotismo cruzado, mas sim direto. “Entendo que é nepotismo direto por intender que a Câmara Municipal não tem personalidade jurídica, mas sim o município”, argumentou.
Ainda de acordo com Fernando Lanza, essa questão de parentes de vereadores trabalhando na prefeitura não se refere apenas ao gestor, ou seja, a prefeita, mas em relação a familiares dessas pessoas que ocupam outros cargos na administração municipal.
O Jornal do Povo apurou que existe esposa, filhos, pai, entre outros parentes de vereadores que trabalham na Prefeitura de Três Lagoas. Isso segundo o promotor não é permitido, caracteriza nepotismo. “Eu pergunto: Será que se esses funcionários não fossem parentes dos vereadores, seriam mantidos no cargo? A resposta é um sonoro não. É claro que essa manutenção desses funcionários no cargo é simplesmente por questões políticas”, ressaltou.
