Investigado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro não virá mais a Mato Grosso do Sul, dia 24, para um evento do PL Mulher e aproveitar para tentar pacificar o PL. A prioridade dele, agora, é ficar na organização da concentração popular em São Paulo para se defender das acusações de liderar a tentativa de golpe no Brasil.
Sem a intervenção de Bolsonaro, o partido continuará rachado e sem definição de um nome para concorrer à Prefeitura de Campo Grande. Bolsonaro defende candidatura própria do PL para prefeito da Capital. O problema é a falta de consenso em torno de um nome competitivo, que envolva todo o partido na campanha.
O nome colocado foi do deputado federal Marcos Pollon. Mas ele não decolou e, também, não dava sinais de empolgação para assumir essa árdua missão. Outra opção seria o deputado estadual Coronel David. Ele só entraria na disputa eleitoral se contar com a participação de todos do PL para concorrer à prefeitura. Fora da disputa, o deputado prefere percorrer o Estado na campanha para apoiar os seus candidatos a prefeito e a vereador.
O deputado estadual João Henrique Catan é indicado como alternativa para representar o PL na corrida eleitoral. Ele já sinalizou ao partido estar à disposição para entrar na batalha eleitoral. Só falta a batida do martelo. E quem vai bater esse martelo será Bolsonaro. O nome escolhido por ele, terá de ser abraçado por todos do partido.
Bolsonaro até apontou Catan como provável nome para as eleições. Ele chegou falar sobre isso com o Capitão Contar, na semana passada, em Brasília. Mesmo assim, Contar continua na expectativa de ser o candidato bolsonarista. Ele precisa se filiar ao PL para entrar na disputa eleitoral. Outro nome especulado é do deputado estadual cassado Rafael Tavares, do PRTB. Tavares é outro a caminho do PL.
Bolsonaro disse aos companheiros de partido que não tem desejo de impor um nome para disputar a prefeitura. O plano dele é escolher alguém legitimado por todos do PL. O problema é justamente a falta de diálogo no partido. Alguns líderes não se falam mais.
Assista à íntegra da coluna Política em Destaque desta sexta-feira (16).