O governo apresentou na quarta-feira (20) o projeto de reforma da Previdência dos militares e de reestruturação de suas carreiras. A economia prevista em 10 anos é de R$ 10,45 bilhões.
Em contrapartida, os militares serão beneficiados com a criação e ampliação de gratificações e reajuste, com aumento de custo de R$ 86,85 bilhões ao Tesouro em uma década. Para inativos e pensionistas, as mudanças evitarão gastos de R$ 97,3 bilhões no mesmo período.
Deputados reagiram negativamente à proposta, que atrelou a discussão da previdência dos militares à reestruturação das carreiras das Forças Armadas. Até mesmo entre parlamentares da base do governo há resistência de que a reestruturação "dá um recado errado à sociedade". Segundo a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), “foi feito o que era possível se fazer” para receber o apoio dos militares ao governo.
Ao entregar o projeto de reforma, o presidente Jair Bolsonaro pediu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que as duas propostas sejam votadas até o meio do ano.