A Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), da reforma eleitoral, que prevê a volta das coligações proporcionais já a partir das eleições de 2022. A regra havia sido banida na minirreforma aprovada pelo Congresso Nacional em 2017. Mas as mudanças não ficaram apenas restritas as coligações. “Para valerem já nas próximas eleições, essas novas regras têm que ser aprovadas até outubro pelo Senado. Deputados também discutem mudanças no Código Eleitoral, em um projeto com mais de 900 itens”, explicou o colunista Adilson Trindade.
Um dos pontos mais polêmicos da reforma eleitoral foi a aprovação da volta das coligações nas proporcionais. Segundo Trindade, o clima entre parlamentares é de tensão. “Haverá muita pressão dos deputados para os senadores não rejeitarem a proposta das coligações nas proporcionais. Mas a resistência é muito grande, até porque esse sistema interessa mais aos deputados, que se beneficiam das coligações para as suas reeleições”, explicou.
Conforme o jornalista, as coligações proporcionais foram abolidas na minirreforma eleitoral de 2017 com a intenção de acabar com os partidos de aluguel. A alegação era de que o país não poderia conviver com mais de 30 partidos. “Agora com a aprovação do novo texto, os partidos voltam a poder se juntar em alianças para disputar as eleições para o Legislativo. A quantidade de votos de cada um dos candidatos de um mesmo grupo é somada e dividida pelo quociente eleitoral. Esse tema é um dos mais polêmicos da reforma eleitoral e provocar muita discussão no Senado”, destacou. Confira mais informações no link abaixo: