Durante agenda, ontem, em Três Lagoas, o governador Reinaldo Azambuja se reuniu no anfiteatro da UFMS com os empresários que ainda não receberam seus créditos junto ao Consórcio UFN 3. A reunião teve a participação da prefeita Márcia Moura, dos deputados estaduais Ângelo Guerreiro e Eduardo Rocha, do secretário de Meio Ambiente, Indústria e Comércio, Jaime Verruck, do presidente da Federação das Associações Comerciais, Alfredo Zanlutti e do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Três Lagoas, Atílio D’ Agosto, entre outros.
Durante a reunião, o governador informou que já esteve no Rio de Janeiro conversando com os diretores da Petrobras sobre a situação dos credores e da retomada da obra. Entretanto, com a mudança da diretoria da estatal, não houve avanços na negociação. Esclareceu que o governo estadual, através da Procuradoria Geral, juntamente com a prefeitura e Associação Comercial, estão construindo uma ação judicial para tentar receber na justiça os valores que o Consórcio deve para os empresários. Azambuja acredita que eles terão sucesso neste trabalho. “Quando não se consegue pelas vias administrativas, tem as judiciais”, disse o governador.
Azambuja informou que a obra da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras é objeto de estudos para ser concluída , estando no momento sendo avaliado o valor do restante para ser executado e qual valor será gasto para a sua conclusão. No final do mês de março, esse levantamento será entregue ao Conselho de Administração da Petrobras, que analisará e decidirá sobre a retomada da obra com várias empresas executando as etapas que restam, de modo que a sua conclusão não fique sob a responsabilidade de nenhum Consórcio ou empresa individualmente, já que restam apenas 17 % da sua construção e implantação para ser finalizada. “O Conselho aprovando, já se inicia o processo de retomada da construção desta fábrica que é muito importante para o país”, destacou.
Azambuja informou que a Petrobras já se mostrou preocupada com a possibilidade do Estado e município cancelarem os incentivos fiscais que ofereceram a estadual para a construção desta fábrica. Mas, adiantou que essa não é a intenção, pois é sabido o quanto essa obra representa para o Estado e Três Lagoas. No entanto, espera que os empresários recebam seus créditos.
ADVOGADO
Em relação à dívida com os fornecedores da Petrobras, o advogado do Consórcio UFN3, André Milton Denys Pereira, disse que o Consórcio tem crédito para receber da estatal por serviços já executados e que, essa questão está sendo discutida judicialmente. A intenção, segundo o advogado, é que o Consórcio consiga receber os valores para pagar os fornecedores. “Já temos um valor considerável reconhecido pela Petrobras pelos serviços executados e que não foram pagos”, comentou.